O Patriotas pela Europa, grupo recentemente criado e que agrega a extrema-direita europeia, ultrapassou o Identidade e Democracia, tornando-se na terceira força política no Parlamento Europeu, de acordo com os resultados oficiais divulgados hoje.

O Partido Popular Europeu continua a ser o grupo político com maior representação nos hemiciclos de Bruxelas e Estrasburgo, com 188 eurodeputados, seguido dos Socialistas & Democratas, com 136 eleitos.

O Patriotas pela Europa conseguiu agregar 84 eurodeputados, incluindo os dois que o Chega elegeu nas eleições europeias, ultrapassado os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que conquistou 78 lugares no Parlamento Europeu.

As projeções iniciais apontavam que os liberais do Renovar Europa seriam a terceira força política, mas caíram para quinta com 76 eurodeputados. Os Verdes no Parlamento Europeu têm 53 eurodeputados, enquanto a Esquerda, grupo político que perdeu mais eleitos, tem apenas 46 representantes.

O Patriotas pela Europa é um grupo político que foi oficialmente criado na segunda-feira. A ideia surgiu depois das europeias por iniciativa de Viktor Orbán, depois de o seu partido, o Fidesz, ter saído do PPE.

Esta família política substituiu o Identidade e Democracia, anteriormente era o grupo político que agregava mais partidos de extrema-direita, e com a inclusão, por exemplo, da União Nacional de França, de Marine Le Pen (a maior delegação com 30 eurodeputados), o Fidesz de Orbán, a Liga de Itália de Matteo Salvini, ou o Vox de Espanha, de Santiago Abascal.

O ECR, que integra o Irmãos de Itália, o partido da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, era o grupo político que tinha maior representação da direita radical e conservadora, mas foi ultrapassado pelo Patriotas pela Europa.

O francês Jordan Bardella, que é atualmente líder da União Nacional e foi derrotado nas eleições de domingo em França, vai ser o presidente deste novo grupo.