Olivier atravessou o Canal da Mancha à conquista de Londres

É mais uma inauguração com a assinatura do restauranteur português, que esta semana estreou-se no Reino Unido. O empresário conta que há mais novidades a caminho, ainda neste ano. Onde? Temos de esperar para ver.

“Eu não consigo estar parado”, admite ao NOVO Olivier da Costa, que acaba de inaugurar mais um espaço com a assinatura que tem levado pelo mundo. E já tem mais projetos na manga.

A dez minutos da Catedral de São Paulo, em Londres, no primeiro andar do nhow London – hotel desenhado pelo disruptivo Project Orange para o grupo Minor (dono dos Tivoli) –, o chef e restauranteur português inaugurou nesta quinta-feira o Guilty, que já lançara amarras em Banguecoque, depois de abrir em Lisboa e no Porto. “Depois das aberturas em Paris, Nice e Roma, a minha ambição é continuar a abrir nas principais capitais europeias”, garante o empresário, que quer afirmar o novo espaço pela ousadia e abordagem leve e divertida, com comida e cocktails a cruzarem-se com o ambiente de festa típico da marca Guilty by Olivier.

“Como em todos os nossos restaurantes, independentemente do país onde abramos portas, há uma unidade. Implementamos sempre os nossos conceitos originais – sendo que em Portugal temos as casas-mães, que funcionam um pouco como os meus laboratórios. É em Portugal que testo as minhas criações, antes de as exportar para outros países”, conta ao NOVO. “Quando vierem ao Guilty Londres, vão claramente identificar-se com o Guilty Avenida, Parque das Nações ou Porto.”

Valores de investimento, Olivier não revela. Mas explica como nasceu o projeto. “O nosso modelo de negócio com o parceiro, que neste caso é um hotel, é muito simples. O hotel é recente e precisava de um conceito para o seu restaurante; e quando visitei o espaço, há cerca de dois anos, percebi de imediato que tinha a cara do Guilty, porque se enquadrava no estilo do hotel e na zona de Shoreditch”, animada e boémia. A responsabilidade que assume o restauranteur português é “implementar conceitos de sucesso”. “Para eles, eu sou um prestador de serviços de F&B que potencia o negócio do próprio hotel.”

Com uma oferta que vai dos hambúrgueres e pizas às massas e saladas, opções vegan e os pratos best-sellers do chef, é a animação que traz os argumentos vencedores a um espaço que se define como sendo de vibe dining, com o DJ residente a assegurar que os jantares são tudo menos aborrecidos ou vulgares.

Novos projetos na calha
Se a aposta internacional de Olivier continua a fazer-se sustentadamente, a operação em Portugal não merece menos atenção. “Está a correr bem, sendo que estamos já numa fase de consolidação de muitas aberturas recentes”, explica ao NOVO.

“Estou muito contente com o meu último conceito, o XXL by Olivier: é claramente aquele em que estou mais focado de momento”, concretiza o empresário, sinalizando que em breve trará mais novidades.

Em Portugal ou lá fora? “Já tenho em pipeline várias aberturas ainda para este ano”, diz, sem revelar os locais de aposta. “E para 2024 haverá mais.”

Artigo originalmente publicado na edição do NOVO de 9 de setembro