Marcelo Rebelo de Sousa apelou aos desiludidos para irem votar neste domingo e garantiu que “ninguém” pode condicionar a vontade popular.

Na mensagem ao país, que durou pouco mais de sete minutos, o Presidente da República começou por lembrar que um “longo” período eleitoral permitiu um amplo debate com o objetivo de mobilizar o eleitorado. “Tudo com a certeza de que ninguém, pessoa ou instituição, pode substituir ou sequer condicionar o sentido final da vontade popular”.

O Presidente considerou que é possível encontrar “muitas semelhanças” com o período que antecedeu as últimas eleições legislativas, em 2022. “As preocupações são semelhantes”: a urgência de acelerar a recuperação da economia, os efeitos do compasso de espera provocado pelas guerras na saúde, habitação e educação e a evolução da situação internacional.

Marcelo defendeu que, em tempos de guerra e de insegurança, “importa mais votar” e apelou aos desiludidos com a política, que “se afastaram” e “se cansaram”, para não ficarem em casa no dia 10 de março. “Em tempos assim – nos quais as guerras vieram relançar guerras económicas e sociais, que esperaríamos ultrapassadas pelo fim da pandemia -, é nesses tempos que importa mais votar”, disse.

“Em 2024, passam cinquenta anos do 25 de Abril e quarenta nove do primeiro voto direto de todas as mulheres e homens de mais de dezoito anos em séculos de vida de Portugal. Fecha-se um ciclo de meio século da nossa História, abre-se outro, com novos desafios, novas exigências, novas ambições”, acrescentou o chefe de Estado, apelando aos portugueses para não baixarem os braços em tempos difíceis.

“Os tempos são mesmo muito difíceis – lá fora e, por isso, cá dentro. Nesses tempos baixar os braços é sempre a pior solução”, concluiu Marcelo Rebelo de Sousa.