O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira que a ministra da Justiça vai convocar todos os partidos para iniciar uma ronda de reuniões que marque o arranque de uma nova agenda para o combate à corrupção.

Falando no seu discurso na cerimónia da tomada de posse, Luís Montenegro anunciou que o combate à corrupção deve ser um desígnio nacional e “mobilizar todos”, pelo que uma das primeiras medidas que vai tomar será a de convocar todos os partidos para iniciarem um “diálogo” sobre o tema, porque as propostas que a oposição tem também devem ser consideradas e analisadas.

Será a nova ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, que tomou esta terça-feira posse, juntamente com os restantes 16 ministros, que, disse Montenegro, ficará com a tarefa de convocar todos os partidos para o início daquele diálogo. O objetivo traçado pelo 24.º Governo Constitucional é o de ter daqui a dois meses reunidas todas as propostas dos partidos para o combate à corrupção, para “criar uma agenda” e possibilitar um “consenso político” em torno do tema.

O combate à corrupção foi uma das bandeiras do Chega durante a campanha eleitoral e uma das exigência que André Ventura tinha no seu caderno de encargos para a AD com vista a possíveis futuras negociações (ou para o partido dar o seu apoio a medidas). Embora o Chega tivesse exigido um acordo de governo com a coligação que passava por ter uma palavra a dizer nos nomes escolhidos para ministros e nas políticas a adoptar pelo Executivo, exigência a que Montenegro disse “não é não”.

Montenegro disse ainda que a obtenção deste consenso político em torno do combate à corrupção seria a melhor maneira de assinalar este amo os 50 anos da revolução do 25 de abril.