O presidente da Câmara de Lisboa considerou hoje que o governo “decidiu bem” ao optar pela solução de Alcochete para o novo aeroporto da região, agradecendo pela forma rápida com que o executivo tomou uma decisão “que não era fácil”.

“A decisão ontem [terça-feira] tomada pelo primeiro-ministro é uma decisão muito importante. O governo decidiu, e isto é absolutamente crucial, porque durante oito anos, com toda a inércia, indecisão, não estava tomada esta decisão que é fundamental para o futuro do país”, disse o social-democrata Carlos Moedas aos jornalistas, nos Paços do Concelho.

Carlos Moedas (eleito pela coligação Novos Tempos) salientou ainda que “tomar a decisão em 30 dias não é fácil”.

“Não foi uma decisão fácil mas que era preciso tomar”, afirmou.

O primeiro-ministro, o social-democrata Luís Montenegro, anunciou na terça-feira que o governo aprovou a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, com a denominação Aeroporto Luís de Camões, com vista à substituição integral do Aeroporto Humberto Delgado.

O Campo de Tiro da Força Aérea, também conhecido como Campo de Tiro de Alcochete (pela proximidade deste núcleo urbano), fica maioritariamente localizado na freguesia de Samora Correia, no concelho de Benavente (distrito de Santarém), tendo ainda uma pequena parte na freguesia de Canha, já no município do Montijo (distrito de Setúbal).

O executivo decidiu também mandatar a Infraestruturas de Portugal para concluir os estudos para a construção da terceira travessia do Tejo e da ligação ferroviária de alta velocidade Lisboa-Madrid.

A Comissão Técnica Independente (CTI) designada para avaliar as opções da nova infraestrutura publicou no dia 11 de março o relatório final da Avaliação Ambiental Estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de uma solução única em Alcochete ou Vendas Novas, mas apontou que Humberto Delgado + Santarém poderia “ser uma solução” transitória.