O Ministério Público acusou Fernando e Sandra Madureira de sete crimes de ofensa à integridade física, 19 crimes de coação agravada e um crime de instigação pública no âmbito da Operação Pretoriano. Os ex-líderes dos Super Dragões foram também acusados de três crimes de atentado à liberdade de imprensa e de um crime de arremesso de objetos ou de produto líquido
Além de Fernando e Sandra Madureira, foram também acusados mais 10 adeptos do FC Porto, entre eles Vítor Catão. O arguido Hugo Loureiro é ainda acusado de detenção de arma proibida.
No despacho, o Ministério Público requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre um e cinco anos.
Recorde-se que a Operação Pretoriano investiga as altercações e agressões registadas durante a Assembleia Geral Extraordinária do FC Porto, a 13 de novembro do ano passado, que o Ministério Público acredita terem sido levadas a cabo pelos Super Dragões, para “criar um clima de intimidação e medo”, de forma a fazer passar uma proposta de estatutos da então direção do clube azul e branco, que era “do interesse da atual direção”, à altura liderada por Pinto da Costa, e bastante favorável à claque portista.
Em causa estavam os crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação, de que agora são acusados pelo Ministério Público.
Fernando Madureira e Sandra Madureira foram detidos na altura, assim como mais 10 adeptos do FC Porto, incluindo dos funcionários do clube azul e branco. O antigo líder dos Super Dragões ficou em prisão preventiva e a mulher ficou obrigada a apresentar-se regularmente na esquadra da sua zona de residência, proibição de frequentar recintos desportivos e de contactar com os Super Dragões.