A Federação Nacional de Educação (FNE) criou um site onde desafia professores, pessoal de apoio educativo e alunos a enviarem uma mensagem ao ministro da Educação, João Costa. A funcionar desde terça-feira, a plataforma vai manter-se aberta até meados de novembro.
A ideia, explica ao NOVO o secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, é usar as mensagens dirigidas ao ministro para fazer “um ou mais livros” que serão entregues a João Costa como “prenda de Natal”, no final do primeiro período deste ano letivo. Um dia depois do seu início, a iniciativa da FNE conta já com mensagens de 108 professores, de dez alunos e de sete profissionais de apoio educativo.
A ação da FNE arranca numa semana marcada por contestação e pela greve nacional dos professores e dos educadores, marcada para sexta-feira, dia 6, um dia depois de se assinalar o Dia Mundial do Professor. Esta paralisação foi anunciada pela plataforma de nove organizações sindicais de professores, que incluem as federações nacionais dos Professores e da Educação (Fenprof e FNE), a 7 de julho.
“O governo continua a não atender as propostas das organizações sindicais de professores, que visam valorizar a profissão docente e melhorar as suas condições de trabalho”, queixa-se a Fenprof, numa nota divulgada a 20 de setembro, acrescentando que esta greve “é um grito de alerta aos governantes, no sentido de mudarem a atitude que têm mantido até agora, de confronto com os professores”.
Para segunda-feira, dia 9, está já marcada uma nova paralisação, mas dos trabalhadores não docentes, uma greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (SINAPE) cujo objetivo é reivindicar a valorização das profissões. Assiste-se desde 2010 “a uma desvalorização salarial destes profissionais da educação”, que “viram as suas tabelas ‘engolidas’ pelo ordenado mínimo nacional, sem que existisse uma reestruturação das carreiras”, lê-se no pré-aviso da greve.