Fernando Medina defendeu, esta manhã, que o Orçamento do Estado para 2024 prevê uma redução “efetiva” dos impostos que supera, largamente, o aumento de alguns impostos indiretos. Pelas contas do ministro das Finanças, o saldo é de mais de mil milhões de euros.

“É importante não confundir aumentos de receita com aumentos de tributação”, sublinhou, recordando que a previsão da evolução da procura interna, no próximo ano, é de quase o dobro, o que resultará no aumento da cobrança de impostos.

O aumento das contribuições, volta a insistir, é resultado de haver mais emprego e melhores salários, naquilo que identifica como as “boas razões” para a subida da receita fiscal do próximo ano. Trata-se de uma estratégia que “a direita ainda não compreendeu”: aumentar emprego, salários e pensões.

As áreas críticas do Estado Social também saem reforçadas com o Orçamento do Estado para o próximo ano, sublinha Medina, criticando aqueles que fazem “eco de toda e qualquer reivindicação corporativa”, numa altura em que o Ministério da Saúde ainda se encontra a negociar com os médicos, num processo que se arrasta há quase meio ano.