Este domingo, 3 de dezembro, os venezuelanos vão ser chamados a votar num referendo, não vinculativo, para dizerem se concordam em reivindicar à Guiana a região de Essequibo, integrá-la no território da Venezuela e conceder aos seus habitantes – cerca de 128 mil – a cidadania venezuelana.

Com este referendo, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, recupera uma disputa com mais de um século que esteve adormecida nos últimos anos.

A região de Essequibo tem cerca de 160 mil quilómetros quadrados e surge nos mapas venezuelanos a tracejado, como “zona em reclamação”. 

O diferendo começou no século XIX, ainda quando a Guiana era uma colónia britânica, adquirida aos Países Baixos. Em 1841, a Venezuela contestou a fronteira traçada pelo Reino Unido porque lhe retirava parte do território estabelecido como seu no processo de independência de Espanha e reivindicou que as suas fronteiras se estendiam até leste do rio Essequibo. Depois de ser descoberto ouro na região, os ingleses voltaram a estender o seu território e a Venezuela voltou a contestar, até que, com o apoio do Estados Unidos da América, forçou a que o caso fosse analisado por uma comissão que, em 1899, decidiu em favor de Londres, estabelecendo a fronteira na chamada Linha Schomburgk, definida em 1835.

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