Luís Montenegro não perdeu a oportunidade de visar Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, em declarações aos jornalistas à margem do congresso da CIP.
Convidado a comentar se já percebeu o que vai fazer o PS caso a AD ganhe as eleições, Luís Montenegro respondeu ao desafio: “Na semana passada o dr. Pedro Nuno Santos entendia que o PS não deveria viabilizar um governo da AD, na segunda-feira deu uma pirueta e disse que estava disponível para viabilizar um governo da AD se perdesse as eleições, ontem [terça-feira, 20 de fevereiro] deu uma segunda pirueta dizendo que governaria se ganhasse as eleições ou se tivesse uma maioria com os seus parceiros do PCP e do Bloco de Esquerda. É difícil comentar as piruetas do dr. Pedro Nuno Santos porque ele é muito rápido a mudar de opinião.”
O líder do PS tem defendido que a direita é “uma bagunça”, frase que não passou ao lado de Luís Montenegro: “O dr. Pedro Nuno Santos em vez de falar nas bagunças dos outros partidos devia olhar para a sua esclarecida e mais do que demonstrada bagunça interna. O dr. Pedro Nuno SantosPNS foi demitido, embora tenha apresentado o seu pedido de demissão. Ele e mais 14 com ele. Há maior bagunça do que essa? Que autoridade moral tem o dr. Pedro Nuno Santos para falar de bagunça. Está a tentar desesperadamente criar factos.”
No que diz respeito à economia do país, Luís Montenegro considera que o PS “tem um programa compatível com a sua governação, sem ambição, sem estimulo, que pretende que o país continue neste ‘ram-ram’ mais quatro anos, com niveis de crescimento económico incipientes entre 1,5 e 2%. Nós queremos mais do que duplicar a capacidade da nossa economia em criar riqueza com transformações estruturais, uma política fiscal mais arrojada que atraia mais investimento. Queremos dar mais capacidade aos trabalhadores de terem melhores performances e salários e dar às empresas a capacidade para investirem mais para pagarem melhores salários também”.