Kamala Harris é o nome mais forte para suceder a Joe Biden à nomeação democrata, que retirou a sua recandidatura a presidente dos Estados Unidos.

Com um currículo na área judicial, a política, nascida em Oakland há 59 anos, perfila-se como o nome mais forte do Partido Democrata para defrontar Donald Trump em novembro, depois de ter recebido o apoio de Joe Biden, uma declaração que poderá ser decisiva na convenção do partido, já que a esmagadora maioria dos delegados apoia o ticket Biden/Kamala.

Antes de ter sido senadora, entre 2017 e 2021, Kamala Harris serviu como procuradora-geral da Califórnia (2011 a 2017), um papel elogiado pelos moderados pelo seu pulso forte na gestão do crime e justiça, mas também criticado pela ala esquerda do partido por ter levado ao encarceramento de afrodescendentes em grande número, acima da média nacional.

Foi a segunda negra eleita para o Senado dos Estados Unidos e, caso seja a escolhida pelos democratas, Kamala será a primeira mulher afrodescendente e de origem indiana como candidata presidencial.

Filha de uma indiana e de um jamaicano, Harris opôs-se sempre às políticas de Trump e propôs-se como candidata do partido em 2020, com críticas a Joe Biden, então também candidato.

Na sua campanha interna, Kamala Harris propôs o controlo mais forte das armas de fogo, a legalização da marijuana, aumento do salário mínimo, a redução de impostos para a classe média e o combate às alterações climáticas.

Depois da vitória interna de Biden, Kamala foi escolhida como vice-presidente e, depois de ter sido eleita, ficou responsável pela política migratória da administração norte-americana, fortemente criticada pelos republicanos.

“Tudo o que é importante para nós – a nossa economia, a nossa saúde, os nossos filhos, o tipo de país em que vivemos – tudo isto está em jogo”, afirmou, na campanha eleitoral de há quatro anos, um quadro que se parece repetir para os democratas em 2024.

As eleições presidenciais dos Estados Unidos acontecem a 5 de novembro deste ano.