Depois de ter lançado jüradamor, em 2022, e rés.tu, em 2023, jüra editou este ano sortaminha, o seu primeiro longa duração, que tem vindo a apresentar um pouco por todo o país.
À conversa com o NOVO antes do concerto desta noite, no NOS Alive, a jovem artista falou do seu percurso desde que, há dois anos, esteve no Passeio Marítimo de Algés e de como o público tem recebido este trabalho.
Para o concerto desta noite promete muita energia para dançar, para “gritar o amor”, “purgar todos os males e mandá-los embora”, porque a sorte, além de ser de jüra, é, acima de tudo “nossa”. Jüra sobe a palco às 21h, no WTF Clubbing.
Tens apresentado o teu álbum nos últimos meses, estiveste nos prémios Play, antes tiveste concerto em nome próprio no Capitólio e tens feito semanas académicas, mas este é talvez o maior palco desde que saiu o sortaminha. Como é que tens sentido que o público tem recebido este trabalho?
Muito bem! Estava um bocadinho reticente… Não reticente em lançar, porque quero ser sempre livre, lançar o que crio e a minha realidade, sem pensar em mais nada, a não ser o que estou a sentir, mas surpreendi-me, porque as pessoas continuam a ligar muito ao que digo, às palavras e ao que é esta coisa de aprender a viver aqui e aprendermo-nos a nós próprios. Mas este concerto vem também com um lado que faz as pessoas mexer e elas têm mexido muito e saltado muito! Gosto muito também desta nova onda de gig, em que tudo é muito mais enérgico, sabes? Tipo, sinto que dantes era muito mais intimista e para refletir e agora é mesmo para soltar o que temos em nós.
Estiveste aqui no Coreto há dois anos, agora estás no WTF Clubbing, que é um palco maior. É um caminho que vais fazendo andando…
Sim, exatamente! A subir a escadinhas até chegarmos ali ao grandão! (risos)
Este caminho tem sido fruto do reconhecimento do teu trabalho. Ainda te consideras uma promessa da música portuguesa ou achas que já encontraste o teu espaço, a tua sonoridade e o teu público?
Eu acho que sim! Acho que já tenho o meu lugar, que as pessoas já me vão conhecendo… Claro que há muita gente para descobrir-me e eu para descobrir muita gente, mas sinto que já existo, que as pessoas já sabem que existo e que consegui ter esta coisa consistente em mim e na minha arte.
Também tens formação em dança… Como é que preparas os teus espetáculos ao vivo?
Gosto sempre de trazer um bocadinho da minha expressão corporal, é muito importante para mim e ligo muito à forma como me expresso melodicamente. Sinto que é muito uma uma junção e que o meu corpo fala da mesma maneira que canto, estás a ver? Sinto que estas escadinhas existem e os palcos são cada vez maiores, é mais reconhecimento e isso vai dar-me a possibilidade de fazer cada vez mais coisas. Quero aliar estas áreas, o circo, a dança e a música cada vez mais, para que possa fazer dos meus concertos um espetáculo brilhante.
O que podemos esperar para o concerto desta noite?
Vamos divertir-nos, vai ser um turbilhão de energia. Espero que que possamos gritar o amor e, sei lá, purgar todos os males e mandá-los embora, porque a sorte é nossa.