Israel adiou os planos para uma ofensiva militar em Rafah, sul da Faixa de Gaza, enquanto o gabinete de guerra discute uma resposta ao ataque iraniano do fim de semana, disseram esta segunda-feira fontes israelitas à emissora norte-americana CNN.
A força aérea israelita tinha previsto começar hoje a distribuir panfletos em partes de Rafah, avisando as pessoas sobre a ofensiva contra a cidade onde mais de um milhão de palestinianos, a grande maioria deslocados pela campanha militar de Israel, estão abrigados.
De acordo com a CNN, um funcionário israelita disse que o governo de Benjamin Netanyahu continua determinado a levar a cabo a ofensiva contra o Hamas em Rafah, mas “o calendário para a retirada de civis e para a iminente ofensiva terrestre permanece pouco claro neste momento”.
Na noite de sábado para domingo, o Irão disparou centenas de mísseis e veículos aéreos não tripulados (drones) contra Israel, em resposta ao ataque israelita à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, que matou sete membros da Guarda Republicana iraniana e seis cidadãos sírios.
Desde então, o gabinete de guerra de Israel tem vindo a discutir a forma de responder ao ataque iraniano e, segundo a CNN, Benny Gantz, membro do Gabinete de Unidade Nacional, defendeu uma resposta rápida, enquanto o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, não tomou qualquer decisão.
Os Estados Unidos e Israel deverão reunir-se esta semana para discutir, como previsto, alternativas à invasão terrestre de Rafah, à qual Washington se opõe porque poderia conduzir a uma maior crise humanitária e comprometer a passagem da ajuda a partir do Egito.