O Governo vai prolongar a declaração de situação de alerta até ao final do dia de quinta-feira, 19 de setembro, face às previsões meteorológicas, adiantou hoje o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

“Face à situação operacional e ao não desagravamento da situação meteorológica, o Governo vai prolongar a declaração de situação de alerta até às 23:59 do próximo dia 19, ou seja, quinta-feira”, disse André Fernandes, comandante nacional da ANEPC, no ponto de situação relativo aos incêndios ativos no território continental, feito pelas 20:00, na sede do organismo.

O Governo tinha decretado no domingo situação de alerta até às 23:59 de terça-feira, devido ao agravamento do risco de incêndios rurais.

Até às 19:30 desta segunda-feira foram registadas 205 ocorrências, segundo adiantou André Fernandes, havendo 59 incêndios em curso, 19 dos quais considerados ocorrências significativas, assumindo especial gravidade o “complexo de incêndios” nas localidades de Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Oliveira de Azeméis.

Depois da reunião com a ANEPC, o Presidente da República agradeceu às populações e à estrutura de Proteção Civil pela forma como têm enfrentado os incêndios dos últimos dias e anunciou o cancelamento da sua deslocação a Espanha, a Tenerife e Las Palmas, entre quarta e sexta-feira, para participar num encontro internacional de ministros da Justiça e numa reunião da associação empresarial Cotec Europa.

Marcelo Rebelo de Sousa falou à comunicação social na sede ANEPC, tendo ao seu lado o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O Governo cancelou a agenda do primeiro-ministro e de diferentes ministros de hoje e para amanhã.

A declaração de situação de alerta decorre da elevação do estado de alerta especial do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) e da necessidade de adotar medidas preventivas e especiais de reação face ao risco de incêndio máximo, muito elevado e elevado, previsto pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em grande parte do território continental.

A situação de alerta implica várias medidas excecionais, como a proibição do acesso e circulação em vários espaços florestais ou a proibição da realização de queimadas e de trabalhos em florestas com recurso a maquinaria (com exceção para as situações de combate a incêndios rurais).