O governo disse esta quinta-feira, 23 de maio, que quer facilitar o acesso das empresas nacionais ao mercado de capitais. O objetivo é facilitar o acesso a capital.
O executivo defendeu, assim, a criação de medidas para “simplificar e agilizar o acesso de PME ao financiamento através do mercado de capitais”, e também para incentivar a “cotação de empresas portuguesas em bolsa facilitando o acesso ao financiamento”.
A intenção foi anunciada esta quinta-feira pelo secretário de Estado do Tesouro e Finanças, João Silva Lopes, durante a conferência anual da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), sem avançar com mais detalhes sobre as medidas. Questionado à margem pelas medidas, não quis fazer comentários.
O governante também sinalizou a intenção de criar “estímulos ao desenvolvimento do capital de risco e dos business angels que são fundamentais para apoiar empresas”.
A estimulação do mercado de dívida corporativa como forma de proporcionar o financiamento às empresas é outro dos objetivos.
O secretário de Estado também dedicou palavras ao papel dos reguladores financeiros, que “desempenham um papel vital na garantia do sistema financeiro”, promovendo um “ambiente regulatório que favoreça a liquidez”.
João Silva Lopes sinalizou também a implementação de “políticas de regulação que promovam a transparência do sector financeiro” para ajudar a enfrentar “desafios globais” de forma a assegurar a estabilidade do sistema financeiro.
Entre as medidas, que constam do programa do governo, destacou também a “implementação de incentivos fiscais para empresas que invistam em inovação” e incentivos à “internacionalização para empresas que expandam operações”.
No seu discurso, destacou o “crescimento económico anémico” do país na última década, numa média de 0,7% por ano.
“Sem competitividade e produtividade não há crescimento económico e não há melhores salários”, afirmou, destacando as prioridades do governo na “transformação digital, energética e demográfica”.