As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram hoje terem lançado cerca de 400 bombardeamentos contra “alvos militares” nas últimas 24 horas em Gaza, tendo matado três líderes do Hamas.
Na rede social X, o exército israelita garantiu que os ataques causaram a morte dos vice-comandantes dos batalhões Nuseirat, Shati e Alfurqan, todos eles membros do Hamas.
“Durante o último dia, caças atacaram dezenas de infraestruturas e vários pontos de encontro da organização terrorista Hamas nos bairros de Sajaiya, Shati, Jabalia, Darj Tafa e Zaitun”, referiram as IDF. “Um avião das IDF atacou um túnel operacional usado pela organização terrorista Hamas (…) e pontos de encontro (…) dentro das mesquitas”, acrescentou o exército.
In a wide-scale operation to dismantle Hamas' terrorist capabilities, the IDF struck over 400 terrorist targets in the past 24hrs:
— Israel Defense Forces (@IDF) October 24, 2023
🔺Hamas gunmen setting up to fire rockets toward Israel.
🔺A Hamas operational tunnel shaft allowing terrorists to infiltrate Israel through the…
Também hoje, o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, elevou de 57 para 140 o número de palestinianos mortos durante os bombardeamentos israelitas esta madrugada. O novo balanço aponta para pelo menos 53 mortes junto ao hospital Al Aqsa, em Jabalia, no norte de Gaza, e no campo de refugiados de Al Bureij, no centro do enclave. O movimento islamita também mencionou a existência de “centenas de feridos” e “dezenas de casas destruídas”.
Mais de 5.100 palestinianos, incluindo pelo menos 1.055 crianças, morreram na Faixa de Gaza, desde o início dos bombardeamentos israelitas em retaliação pelo massacre de 7 de outubro, referiu o Hamas.
O escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários anunciou esta madrugada a morte de seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), o principal organismo de ajuda humanitária que ainda pode trabalhar em Gaza. Isto eleva para 35 o número de funcionários da UNRWA mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou estas mortes e disse estar ao lado dos funcionários “que estão a fazer tudo o que podem para ajudar quem mais necessita”, indicou numa mensagem publicada na rede social X.
Thousands of civilians have lost their lives amid the violence in the Middle East.
— António Guterres (@antonioguterres) October 23, 2023
Among them, 35 of our @UNRWA colleagues—humanitarians, teachers—have been killed in Gaza since 7 October.
We mourn their loss & stand with colleagues doing all they can to assist those in need.
O Ministério da Saúde do Hamas alertou, também hoje, que o sistema de saúde da Faixa de Gaza “atingiu a pior fase da sua história” devido ao cerco total ao território imposto por Israel, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Um terceiro comboio de ajuda humanitária entrou na segunda-feira na Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, que liga o enclave à Península do Sinai, no Egito, a única via de acesso ao território não controlada por Israel.
O rei Mohamed VI de Marrocos aprovou na segunda-feira o envio de ajuda humanitária de emergência, incluindo produtos alimentares, produtos médicos e água, para a Faixa de Gaza, que será coordenada com as autoridades egípcias e palestinianas.