O cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal (IL) às Europeias, João Cotrim de Figueiredo, afirmou, em Braga, que a abstenção será o principal adversário do partido nas eleições de 9 de junho. Em declarações aos jornalistas no decorrer de uma arruada pela Braga Romana, neste sábado, Cotrim foi repetindo sistemáticos apelos ao voto, lembrando que há possibilidade do voto antecipado, no dia 2 de junho.
“Em relação ao que tem sido a campanha dos meus concorrentes nestas Europeias, o principal adversário da IL é mesmo a abstenção, as pessoas que possam não estar suficientemente motivadas pelos temas europeus e que não tenham acompanhado tanto a campanha e os debates”, referiu.
Para Cotrim de Figueiredo, a visão que a IL tem para a Europa é “a única coerente”. “Pôr o crescimento económico à frente é a única maneira de fazer crescer os salários, para a Europa voltar a ser um espaço de prosperidade e poder fazer as reformas profundas que tem de fazer”, disse.
Criticou os restantes partidos, considerando que “ou não gostam da Europa e escondem ou gostam da Europa e acham que vai lá com pequenos retoques”. Para o candidato liberal, a Europa precisa de reformas profundas e é preciso “coragem e determinação” para as fazer.
Falando na cidade mais jovem do país, Cotrim de Figueiredo apelou também aos mais novos para votarem “em força”, para reacender a “chama de vida e inovação que a Europa tem vindo a perder um pouco”.
No entanto, Cotrim vincou que o apelo ao voto é para jovens e menos jovens e lembrou que a IL “não discrimina pela idade”.
“A IL já por várias vezes deu provas de que não discrimina pela idade. Não gosta de IRS só para jovens, as reduções de IRS são para todos. Não gosta de algo que discrimine pela idade, não é a idade que nos define, não é a altura e a o ciclo da vida em que estamos que nos define, devemos ter todos as mesmas oportunidades”, referiu.
Numa análise ao que tem sido a pré-campanha para as Europeias, o candidato liberal admitiu que, de uma forma geral, os principais temas têm sido abordados, mas não se tem ido “ao fim de algumas discussões”.
Como exemplos, apontou a guerra da Ucrânia e os investimentos na defesa e os impostos europeus versus dívida centralmente mutualizada.
“A AD [Aliança Democrática] não quer impostos europeus, mas quer emitir dívida mutualizada, é uma contradição”, apontou.