Foram recentemente divulgados os resultados da oitava ronda do PISA.
Neste grande estudo periódico da OCDE, iniciado em 1997, relativo ao desempenho educativo dos jovens de 15 anos nos domínios da Matemática, das Ciências e da Literatura, o descalabro de oito anos (na realidade sete, uma vez que estes se aferem ao ano transato de 2022) de políticas desastrosas socialistas fica bem à vista.
Claro está que os efeitos, globais e não só nacionais, de uma pandemia que a todos afetou – em particular os mais novos e desfavorecidos, como sempre afirmámos –poderão sempre ser considerados como especial “atenuante”. Contudo, mesmo neste particular, o governo falhou com o encerramento exagerado das escolas (muito acima da média da OCDE), em particular dos mais novos, e necessitados, estudantes.
Desde a paixão – platónica como é bem de ver – de Guterres pela Educação, em finais dos Anos 90 do século passado, que, com toda a teimosia, arrogância, experimentalismo e radicalismo ideológico, sucessivos governos socialistas conduziram a efeitos nefastos no nosso maior ativo enquanto sociedade, os mais jovens.
Inflexíveis, por um lado, com os professores, fundamental classe profissional que, desrespeitada desde os anos de má memória da hoje – curiosamente – Reitora do ISCTE, Maria de Lurdes Rodrigues, e em defesa da sua dignidade em muito se tem feito ouvir, mas que, em contrapartida,objetivamente, contribuiu igualmente para esta situação.
Mas, obstinados, por outro, com alterações curriculares“branqueadoras”, casas de banho neutras e outros “faitdivers” experimentalistas, vêm agora – em pré-campanha eleitoral – dar a mão à palmatória no que aos professores diz respeito, tudo reconhecendo.
É preciso ter lata.
Governos que, com o seu lendário horror ao culto dameritocracia, extinguindo tudo o que de mais próximo com avaliação isenta se aproximasse, na sua ânsia de nivelamento por baixo, contribuíram (à boa maneira socialista) para um aumento exponencial das desigualdades.
Políticas educativas delineadas e executadas por responsáveis que – do alto da sua “coerência”, como Frei Tomás – em tudo se intrometem na escola pública, mas que, para os seus filhos, optam pelo privado, alimentando o “grande capital”.
Tal como em muitas outras áreas da governação, as políticas socialistas, aparentemente igualitárias, apenas conduziram e conduzem ao aumento das desigualdades, sendo que, neste particular, no maior (e verdadeiro) elevador social, a educação.
Nesta, como em todas as paixões platónicas, o Partido Socialista (e os seus antigos/futuros aliados políticos) por muito imaginação que tenha, nunca conseguirá concretizar esse amor, uma vez que parte (sempre partiu) de premissas erradas.