“O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a catástrofe. Estamos diante de uma das crises mais profundas da história e caminhamos para uma hiperinflação. A decisão é evitá-la”. Foi assim que Manuel Adorni, porta-voz do presidente da Argentina, Javier Milei, justificou a suspensão da publicidade institucional na imprensa “durante um ano”.

O porta-voz explicou que o pacote de medidas económicas a ser anunciado terá como principal objetivo “cobrir esta emergência económica de modo a evitar uma catástrofe maior”.

Assim, os contratos e nomeações públicas feitas pelo anterior governo estão a ser reavaliados com a agravante de existirem sanções aos funcionários que não queiram colaborar. Este alerta surge na sequência de as forças políticas de esquerda terem convocado protestos contra as medidas antecipadas por Milei.

O governo presidido por Javier Milei promete tratamento de choque para combater a grave crise económica em que a Argentina está mergulhada, com inflação anual superior a 140% e uma taxa de pobreza superior a 40%.

“O Estado do tamanho de um elefante não pode continuar a existir porque do outro lado há pessoas que o sustentam com os seus impostos e que não conseguem colocar um prato de comida na mesa”, referiu Manuel Adorni.

Recorde-se que quando Milei tomou posse, a 10 de dezembro, os ministérios passaram de 18 a metade, as secretarias de Estado foram reduzidas de 106 para 54 e as subsecretarias de Estado de 182 a 149.