A Amazon é a mais recente tecnológica a cancelar a participação na Web Summit, depois de a Alphabet (dona da Google), Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Intel e Siemens, bem como fundos de capitais, terem decidido abandonar a cimeira que decorre em Lisboa, em novembro.

A notícia foi avançada pela Bloomeberg, que antes também já tinha revelado que “porta-vozes da Google e da Meta confirmaram esta sexta-feira que as empresas não participariam na conferência, marcada para novembro, em Lisboa”.

A Google era parceira da Web Summit e Nick Clegg, presidente de Global Affairs do Facebook, era um dos oradores confirmados. No caso da Amazon, Vishal Sharma, vice-presidente da empresa, era outro orador confirmado.

Também a Siemens e Intel já tinham anunciado que não iriam participar no evento, assim como vários fundos de capital de risco, que retiraram o apoio e não vão participar na cimeira tecnológica. A empresa Stripe, que contaria com a participação de Will Gaybrick e Jeff Titterton, não vai participar na cimeira.

Estes cancelamentos surgem no seguimento de declarações de Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit, que considerou tratarem-se de “crimes de guerra” a resposta de Israel ao ataque do Hamas. Na altura, o embaixador israelita em Portugal considerou “ultrajantes” as palavras de Cosgrave e retirou a participação do país do evento.

Entretanto, Paddy Cosgrave emitiu publicamente um pedido de desculpas no X, mas sem conseguir evitar o abandono das tecnológicas à Web Summit. A Câmara Municipal de Lisboa e governo não reagiram ao boicote das tecnológicas.