Respeito literatura de consumo fácil, apesar de não parecer, depois desta crítica tão azeda. O que não respeito é a forma como a literatura bestseller está a ser utilizada – na minha opinião, de forma preversa – para reforçar estereótipos sobre as mulheres. Não é estranho que os dois bestsellers do momento serem sobre versões romanescas sobre violência de género? Novamente, podem utilizar o escudo de “é só ficção”, mas nunca é “só”. O “só” vem acompanhado de um contexto em que estas autoras se sentem confortáveis para escrever de uma forma que pode mudar, e muda, as perceções sociais sobre a violência de género. É pelo seu interesse fingido na dor das vítimas que merecem ser censuradas.
Em agosto regressou aos nossos territórios a nossa verdadeira identidade. Aquela identidade que partiu, mas nunca nos esqueceu. Aquelas pessoas que, mesmo buscando uma vida melhor noutras paragens, nunca deixaram de sonhar com a sua casa e o seu regresso.
Sou, talvez por inerência das minhas funções, mas também por muito gosto pessoal, uma entusiasta dos Serviços de Urgência Básicos. De cada vez que lá vou percebo a complexidade e a preponderância que estes serviços têm para a rede de urgências no Algarve e orgulho-me de todos os profissionais que, dia após dia, e com tantas dificuldades e sobrecarga, continuam a acreditar e a dar o corpo e a alma para os manter a funcionar.
Um SNS robusto, presente e de proximidade, garante equidade e sustentabilidade financeira, dá um contributo imprescindível na coesão social, na consecução dos projetos de vida e no desenvolvimento económico. Não podemos abandonar metade do país para uma crescente insegurança de ausência de apoio na saúde.
Os modelos de financiamento misto, que combinam investimento público e privado, oferecem vias adicionais para aumentar o financiamento da ação climática.
Embora esta situação não seja uma novidade, tudo indica que existe uma vasta operação russa com o objetivo de favorecer a eleição de Donald Trump. Nos últimos oito anos, o Partido Republicano sofreu uma transformação profunda, adotando uma postura muito mais simpática para com o Kremlin. Não creio, no entanto, que esta revelação venha a ter um impacto significativo no processo eleitoral em curso, pois há muito que o público norte-americano deixou de considerar a interferência estrangeira como uma ameaça grave à democracia dos Estados Unidos. Tal facto é, sem dúvida, preocupante, sendo também um reflexo do estado atual do país e das suas profundas divisões ideológicas.
Em português de Portugal – ou português europeu, como se preferir – não existe “abacaxi”, a única palavra que existe é “ananás”. Esta importação da palavra brasileira “abacaxi” é apenas uma jogada de marketing para designar um suposto ananás mais doce. O que faz tanto sentido como chamar laranja ao fruto laranja e depois começar a chamar “titola” (palavra inventada) a uma laranja mais doce.