O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, reconheceu este sábado, 2 de novembro, que há uma “situação trágica” em Valência por causa das cheias e uma resposta insuficiente das autoridades e anunciou o envio de mais 10 mil militares e polícias para o terreno.
“A situação que vivemos é trágica, é dramática”, disse Sánchez, numa declaração a partir da sede do Governo, em Madrid, sublinhando que o leste de Espanha, e sobretudo a região de Valência, foi atingida na terça-feira por um temporal que provavelmente provocou as inundações mais graves deste século em todo o continente europeu.
Sanchez revelou que pelo menos 211 pessoas morreram nas inundações.
O número oficial de vítimas conhecido até agora era de 205 mortos, 203 das quais na região autónoma da Comunidade Valenciana.
“Estou consciente de que a resposta que se está a dar não é suficiente. Sei que há problemas e carências, que ainda há serviços colapsados, municípios sepultados pelo lodo, pessoas desesperadas que procuram os seus familiares, pessoas que não conseguem aceder às suas casas, lares destruídos e sepultados pela lama. Temos de melhorar”, afirmou Sánchez.
O primeiro-ministro, do Partido Socialista Operário Espanhol, apelou à união das administrações e garantiu todo o apoio que for necessário ao governo regional da Comunidade Valenciana (do Partido Popular), a quem compete a coordenação da resposta no terreno e as solicitações de meios ao Estado central.
No imediato, e em resposta a um pedido desta manhã da Comunidade Valenciana, serão enviados mais 5.000 militares para o terreno, onde já estão mais de 2.000 elementos das Forças Armadas, disse Sánchez.
O primeiro-ministro anunciou também mais 5.000 elementos das forças de segurança nacionais (Polícia e Guarda Civil).
Os trabalhos de busca de desaparecidos e de recuperação de eventuais cadáveres vai continuar nos próximos dias.