O PAN apresentou um projeto de lei para estabelecer “um regime de reconversão de parques zoológicos” e avançar com a “criação de centros de conservação e de recuperação de espécies, em ambiente natural, para os animais alojados nestes espaços”.
O diploma, da autoria de Inês Sousa Real, prevê uma moratória de três anos para “permitir a transição gradual dos parques zoológicos para centros de sensibilização e de conservação e para a criação dos necessários santuários”. Ou seja, até 2028, seriam criados “centros de conservação e de reabilitação de animais” com “o objetivo de garantir o acolhimento adequado dos animais resgatados”.
“Durante esse período, os parques zoológicos serão incentivados a implementar medidas de reconversão digital, utilizando tecnologias interativas para proporcionar aos visitantes experiências educativas e informativas, sem a necessidade de manter os animais em cativeiro”, explica o diploma.
A proposta apresentada pelo PAN garante que “os parques zoológicos em Portugal não dão uma contribuição significativa para a conservação das espécies ameaçadas”. Um estudo, realizado pela organização não governamental Born Free, em 2011, que analisou dez parques, nomeadamente o Jardim Zoológico de Lisboa, concluiu ainda que “há casos em que o público corre risco de lesão ou de transmissão de doenças, devido à fragilidade das instalações, à falta de barreiras de isolamento e de pessoal”.
“Risco que se agrava nos casos em que existe contacto dos animais selvagens com o público, como é o caso do Jardim Zoológico de Lisboa e do Zoomarine”, conclui