Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, considerou este domingo que o resultado da CDU registou um “desenvolvimento negativo” mas “tem expressão de resistência”.
A CDU (coligação do PCP com “Os Verdes”) registou até ao momento (às 23h15) 3,27% dos votos, pouco mais de 188 mil, com a eleição de dois deputados: Paulo Raimundo e Paula Santos. Nas legislativas de 2022, o PCP tinha garantido quatro deputados no hemiciclo.
“Uma palavra de reconhecimento pela campanha que fizemos, pelo contacto, pelas conversas e por aquilo que semeámos, que vai para além da noite eleitoral que hoje findou”, começou por referir o líder comunista.
Paulo Raimundo qualificou o resultado obtido pela AD como tendo o potencial de “constituir um fator negativo para a resposta e solução de problemas com que as pessoas se encontram, facilitando o retrocesso e o ataque a direitos e favorecimento do grande capital. Estão potenciados riscos sérios de empobrecimento democrático”.
“Eventuais acordos do PSD com o Chega e com a IL, é preciso perceber o que o projeto da AD constitui, que é um perigo para salários, pensões e serviços públicos”, realçou Paulo Raimundo. Quanto aos socialistas, “a promoção da política de direita por parte do PS favoreceu o discurso demagógico do Chega”.
“O resultado da CDU é um desenvolvimento negativo mas tem expressão de resistência. Tivemos de enfrentar a hostilidade e a menorização que estreitou o nosso crescimento”, concluiu.