O presidente do PSD, Luís Montenegro, tentou esta quarta-feira definir uma espécie de cerca sanitária entre o inquérito que está a decorrer na Madeira e que tem como alvos, entre outros, Miguel Albuquerque e o autarca do Funchal Pedro Calado, e a campanha para as legislativas,, embora reconheça que “é uma perturbação” na atenção política dos portugueses.

Luís Montenegro, que falava aos jornalistas antes de apresentar o seu programa macroeconómico, pediu apenas que o inquérito que está a decorrer na Região Autónoma da Madeira a respeito da adjudicação de obras e concursos públicos, com suspeitas de corrupção passiva e ativa e outros crimes económicos ou do chamado colarinho branco, decorra “com rapidez para que fiquem esclarecidas e não haja responsabilidade de Miguel Albuquerque e Pedro Calado. Mas não quis falar de eventuais responsabilidades políticas, afirmando que o inquérito da Madeira “não tem impacto direto na campanha” da AD para eleições de março.

Luís Montenegro revelou que já falou ao telefone com Miguel Albuquerque e disse que o presidente do Governo Regional da Madeira lhe disse exatamente o mesmo que disse aos jornalistas, isto é, que está de consciência tranquila e a colaborar com a Justiça. Montenegro admitiu ainda que tem “informação limitada” sobre o inquérito aberto pelo Ministério Público, que tem Miguel Albuquerque como suspeito.