O presidente do Chega, André Ventura, afirma-se pronto para ser primeiro-ministro e traça como objetivo vencer as eleições legislativas, fazendo já promessas do que fará quando for governo.

André Ventura discursava no encerramento da 6ª Convenção Nacional do Chega, que decorreu desde sexta-feira e até este domingo, 13 de janeiro, em Viana do Castelo.

“Acreditem que pela primeira vez podemos vencer as eleições legislativas”, pediu aos militantes do partido. “Este é o nosso tempo, o nosso momento. Estou preparado para ser primeiro-ministro de Portugal”, afirmou.

No discurso, prometeu que vai recuperar, em quatro anos, o tempo de serviço dos professores que foi congelado no passado.

“Em quatro anos o Chega recuperará o tempo de serviço dos professores”, comprometeu-se, garantindo que a promessa “vale ouro”.

Anunciou, também, que quer reverter a Lei da Nacionalidade e também a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), na próxima legislatura.

“Se vencermos as eleições, o Chega vai reverter a extinção do SEF levada a cabo pelo PS”, prometeu. “E vamos reverter esta Lei da Nacionalidade para que ninguém possa entrar, estar ou ser português sem saber falar a língua e conhecer a cultura portuguesa”, acrescentou.

No sábado, 13 de janeiro, tinha prometido aumentar as pensões mínimas para o nível do salário mínimo, em seis anos, se chegar ao governo.

Mais tarde, em entrevista à CNN Portugal, acrescentou que pretende equiparar, de imediato, as pensões mais baixas ao Indexante dos Apoios Sociais, que atualmente é de 509,26 euros.

Também se referiu por diversas vezes às forças de segurança, assumindo o “compromisso solene” de equiparar Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e Polícia Judiciária.

André Ventura, que foi este sábado reeleito presidente do Chega, reclamou maior projeção que o PSD ao dizer que os dois maiores partidos do país realizam congressos em 2024, referindo-se ao PS e a esta convenção, e traçou como objetivo do partido a vitória nas eleições legislativas de 10 de março.

Destacou o trabalho do partido nos Açores, por ter contribuído para a região se ter “livrado de 25 anos de socialismo”, e na Madeira, onde “acabou com a maioria absoluta do PSD”.

Ventura posiciona o Chega como a alternativa ao PS e a uma possível reedição da geringonça, com um governo que incluiria PS, PCP e BE. “Portugal 2024 é o do Chega e Portugal de 74 é de Pedro Nuno Santos”, afirmou.