O PS anunciou hoje que vai chamar ao parlamento o ministro da Saúde e a presidente do Hospital de Santa Maria para prestarem esclarecimentos sobre o caso das gémeas luso-brasileiras tratadas em Lisboa em 2020.

“O Grupo Parlamentar do Partido Socialista decidiu chamar à Comissão Parlamentar de Saúde o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e a presidente do conselho de administração do Hospital de Santa Maria, Ana Paula Martins, no âmbito do chamado ‘caso das gémeas’”, adiantou a bancada socialista em comunicado.

Segundo o comunicado, o critério seguido pelo PS é o de convocar os responsáveis que estão em funções e que, por essa razão, estão em condições de “esclarecer toda a verdade sobre este processo, uma vez que o parlamento fiscaliza o governo e os órgãos da Administração Pública, e, por isso, quem está em funções”.

Citado no comunicado, o coordenador do grupo parlamentar socialista na comissão, Luís Soares, considerou que esta iniciativa visa “desmascarar as intenções justicialistas da IL que não aprovou este requerimento do PS, tendo ficado demonstrado que o seu objetivo não é esclarecer este caso”.

A bancada do PS chumbou hoje o requerimento da Iniciativa Liberal para a audição parlamentar dos ex-governantes Marta Temido e Lacerda Sales, entre outras pessoas, sobre o caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria, mas a bancada liberal usou o seu direito de chamá-los ao parlamento.

O requerimento da Iniciativa Liberal, rejeitado pela maioria socialista na Comissão de Saúde da Assembleia da República, propunha a urgente de Marta Temido, António Lacerda Sales, de Daniel Ferro, ex-presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa-Norte, e de Ana Paula Martins, atual presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa-Norte.

Perante a rejeição, o partido de Rui Rocha decidiu usar o direito potestativo de chamar as mesmas pessoas para serem ouvidas sobre o polémico caso das gémeas luso-brasileiras que vieram a Portugal em 2019 receber o medicamento Zolgensma para a atrofia muscular espinhal, que totalizou quatro milhões de euros.