Número de óbitos em Portugal caiu 6,2% em 2021. Covid-19 foi a 2.ª principal causa

Covid-19 representou 10,4% do total de óbitos ocorridos no país, mas foram as doenças do aparelho circulatório que estiveram na origem do maior número de óbitos.

O número de óbitos em Portugal desceu 6,2%, em 2021, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Dados hoje divulgados indicam que foram as doenças do aparelho circulatório que estiveram na origem do maior número de óbitos no país (32.452), seguida pela covid-19 com quase 13 mil óbitos, o equivalente a 10,4% do total de óbitos.

Segundo o INE, continuaram a destacar-se as 9.613 mortes por acidentes vasculares cerebrais, ainda que este valor tenha representado uma descida de 16% em relação ao ano anterior.

Em contraciclo, menos óbitos por doença isquémica do coração (6.683 óbitos) e por enfarte agudo miocárdio (3.977 óbitos), em ambos os casos menos 2,4% do que em 2020.

Covid-19 foi a segunda principal causa de morte no ano
A representar 10,4% do total de óbitos ocorridos no país, a covid-19 foi a segunda principal causa de morte no ano (12.986 óbitos).

“Este resultado tem em conta o número de óbitos em que a causa básica de morte, ou seja, a doença que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram à morte, foi a doença covid-19”, sublinha o instituto de estatística.

Mais de 80% das mortes causadas por covid-19 (81,3%) ocorreram no 1.º trimestre de 2021 (10.559 óbitos), destacando ainda as mortes ocorridas em Agosto (3,1%) e Dezembro (4,4%).

A taxa de mortalidade por covid-19 foi de 124,8 óbitos por cada 100 mil residentes em Portugal, mais elevada no caso dos homens (139,8 por 100 mil) do que no das mulheres (111,2 por 100 mil). Quanto à idade média foi de 80,5 anos, mais elevada para as mulheres (82,4 anos) do que para os homens (78,7 anos).

Doenças do aparelho respiratório causaram 10.273 óbitos
De acordo com os mesmos dados, as doenças do aparelho respiratório, que não incluem a covid-19, causaram 10.273 óbitos, ou seja, 8,8% abaixo do observado em 2020, e representaram 8,2% da mortalidade total ocorrida no país.

Neste grupo, destacaram-se as mortes provocadas por pneumonia, com 3.765 óbitos, que representaram 3% da mortalidade ocorrida em 2021 (3,5% em 2020 e 4,2% em 2019), apesar da redução de 13,6% em relação ao ano anterior.

Aumentaram ainda em 1,9% as mortes por tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão: 4.318 mortes em 2020 e 4 400 mortes em 2021. Os óbitos por tumores malignos do cólon, recto e ânus diminuíram em 2021 (de 3.810 óbitos em 2020 para 3.609 óbitos em 2021), representando 2,9% da mortalidade em 2021 (3,1% em 2020 e 3,4% em 2019).