Zelenski prevê que negociações para adesão à União Europeia comecem este ano

Presidente ucranan sublinhou que a Rada Suprema deve aprovar todos os projetos de lei relacionados com os requisitos que é necessário cumprir para o início das negociações e que a elaboração desse pacote é uma questão de “segurança nacional”.

Volodimir Zelenski, afirmou hoje que a União Europeia deve dar luz verde ao início das negociações para a adesão da Ucrânia antes do final do ano.

“Em finais do ano, a decisão para começar as negociações para a adesão do nosso Estado deve ser aprovada pelo Conselho Europeu. Não há uma alternativa a isto”, asseverou, num encontro em Kiev com representantes diplomáticos, de acordo com a agência de notícias Ukrinform.

Zelenski sublinhou que a Rada Suprema, o parlamento ucraniano, deve aprovar todos os projetos de lei relacionados com os requisitos que é necessário cumprir para o início das negociações e que a elaboração desse pacote é uma questão de “segurança nacional”.

Também para a União Europeia a adesão da Ucrânia é uma questão de segurança, argumentou, uma vez que qualquer incerteza em relação a ela constitui uma fragilidade que “tenta” a Rússia a agir de forma agressiva e a aproveitar o vazio onde falta cooperação entre as instituições europeias.

A Ucrânia recebeu o estatuto de país candidato à adesão à União Europeia em junho de 2022 – cerca de dois meses após o início da invasão russa do seu território – e está previsto que no próximo outono a Comissão Europeia divulgue um relatório sobre os progressos de Kiev no cumprimento dos requisitos para a abertura de negociações.

Por outro lado, Zelenski transmitiu aos embaixadores ucranianos que o Governo está a “esforçar-se” para que a cimeira global que está previsto Kiev acolher para promover a “Fórmula de Paz” possa realizar-se no outono.

É necessário que nela participem “representantes do Norte e do Sul, do Leste e do Ocidente”, defendeu. “O outono está muito, muito próximo, mas ainda há tempo para preparar a cimeira e envolver a maioria dos países do mundo”, afirmou o chefe de Estado ucraniano.