A presidente da Comissão Europeia acusou esta quinta-feira o grupo islamita Hamas de ter provocado uma crise humanitária em Gaza, pelo ataque a Israel, prometendo ajuda da União Europeia (UE), que tem de chegar “sem entraves e rapidamente”.

“O Hamas provocou uma crise humanitária em Gaza e, para a Comissão [Europeia], é muito importante que continuemos a intensificar os nossos esforços para lidar com a crise humanitária em Gaza”, defendeu Ursula von der Leyen.

Para a líder do executivo comunitário, “a ajuda tem de chegar a Gaza sem entraves e rapidamente”.

“As 56 toneladas de ajuda que os nossos dois primeiros voos humanitários trouxeram para o Egito ainda não foram entregues em conjunto e isto é importante, mas é claro que é necessário mais. Os nossos dois próximos voos estão agendados para hoje, sexta-feira, e estão previstos mais voos nos próximos dias e, além disso, estamos a avançar rapidamente na implementação dos 50 milhões de euros adicionais [para 75 milhões] de ajuda humanitária suplementar para Gaza”, elencou Ursula von der Leyen.

A posição surge depois de, na quinta-feira, os chefes de Governo e de Estado da UE terem acordado apelar a “pausas para fins humanitários” de forma a permitir a passagem de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, após divergências sobre a terminologia.

“Tivemos uma longa, boa e intensa discussão sobre a situação no Médio Oriente. A posição geral foi muito clara: Israel é uma democracia atacada pelo Hamas, que é uma organização terrorista, Israel tem o direito de autodefesa em conformidade com o direito internacional e o direito humanitário internacional e […] deve haver a libertação imediata de todos os reféns por parte do Hamas, sem quaisquer condições prévias”, exortou Ursula von der Leyen.

“Ficou claro que, através das suas atividades terroristas, o Hamas também está a prejudicar o povo palestiniano”, concluiu a responsável.

Os líderes da UE reuniram-se na quinta-feira para debater as tensões no Médio Oriente, visando assegurar ajuda humanitária e o apoio a negociações sobre uma solução de dois Estados, numa altura de acesos bombardeamentos de Telavive contra a Faixa de Gaza, que se seguiram ao ataque do grupo islamita Hamas a 07 de outubro.