Violência no crime aumenta e ainda falta resposta à altura

A preocupação com a intensidade da violência foi expressa pelo director nacional da PSP. O Observatório da Segurança (OSCOT) refere que a resposta é política.

São vários os casos mediáticos que ilustram uma escalada da violência na noite e da intensidade nos actos agressivos, como se recorda nesta edição do NOVO de 29 de Outubro de 2021. Um jovem que foi morto a murro na noite do Porto, um segurança que agrediu barbaramente um cliente de uma discoteca em Albufeira, no Algarve, um rapaz que foi assassinado à facada numa estação de Metro de Lisboa, autarcas, associações do sector e estabelecimentos a pedirem reforço de policiamento na noite e videovigilância.

Em traços largos, este é o resumo de um fenómeno que está a preocupar as autoridades: a maior “intensidade da violência” nos crimes que são cometidos, com maior uso da força e de armas brancas. Uma preocupação que foi expressa pelo director nacional da PSP esta semana.

Para quem analisa a criminalidade, a resposta tem de ser política. “A segurança, ao contrário do que é pensado, deve ser um investimento e é responsabilidade do Estado”, afirma António Nunes, presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), nesta edição do NOVO.

O reforço da segurança nos locais da noite das grandes cidades, como Lisboa e Porto, onde mais pessoas se concentram e onde podem acontecer mais crimes, pode não ser suficiente, como lembra o responsável do OSCOT.