André Ventura insiste que existem “conversas informais” que “estão a evoluir” entre o PSD e o Chega, nos Açores, depois de Luís Montenegro garantir que “não vale a pena sonhar com negociações”. O presidente do Chega reafirmou este domingo que é preciso encontrar uma “solução de estabilidade”.

A aprovação do programa do governo regional dos Açores está dependente do Chega, mas Luís Montenegro, no debate com Paulo Raimundo, no sábado, garantiu que “não existe” nenhuma negociação nos Açores e “não vale a pena sonhar com ela”.

Em resposta, André Ventura, citado pela agência Lusa, afirmou que o Chega quer “conversar” para “chegar a uma solução de estabilidade”.

“O PSD naquela noite preferiu pôr-se nas mãos do Partido Socialista e dizer que o PS tem o dever de sustentar o governo. Luís Montenegro está equivocado, o teste do algodão não é do Chega, é do PSD, se prefere um governo de direita ou um governo de esquerda”, acrescentou o presidente do Chega, em declarações aos jornalistas, em Sobral de Monte Agraço.

Ventura aproveitou para desafiar Luís Montenegro a esclarecer o que vai fazer, a seguir ao dia 10 de março, “se houver uma maioria de direita, mas o PS tiver mais votos que o PSD ou que o Chega”. O líder do Chega quer saber se “o PSD vai aceitar formar um governo de direita ou se vai viabilizar um governo do PS”.

Luís Montenegro já garantiu que só governa se vencer as eleições e excluiu um acordo de governação com o Chega. A política de alianças deverá ser um dos temas principais do debate entre o presidente do PSD e André Ventura, previsto para esta segunda-feira, na RTP, às 21 horas.