O presidente do Chega defendeu que a manifestação deste domingo, 19 de setembro, contra o que o partido considera ser a “imigração descontrolada” foi o “tiro de partida” para um movimento de “reconquista da identidade nacional”.
Num palco montado no Rossio, no final da manifestação em Lisboa que durou cerca de hora e meia desde a Alameda, André Ventura pediu a todos que gritassem o que “a Europa inteira tem de ouvir a partir de Lisboa”.
“Aqui mandamos nós, aqui mandamos nós, aqui mandamos nós”, repetiu inúmeras vezes.
O líder do Chega admitiu que “uma manifestação não fará a transformação que Portugal precisa”, mas considerou que o protesto de hoje “é o tiro de partida”.
“O país costuma dizer que uma andorinha não faz a primavera, uma manifestação não faz a primavera. Mas é essa primavera lusitana, é essa primavera portuguesa que eu quero que vocês tenham no coração a partir de hoje: o maior movimento de sempre, de reconquista da alma nacional, de reconquista da nossa identidade e de reconquista desta bandeira”, disse.
Na audiência, ouviram-se gritos de “Reconquista, reconquista”, que é também o nome de um grupo ultranacionalista de extrema-direita.
Durante o comício e ao longo da manifestação, foram também audíveis os gritos de “Remigração é solução”, outro conceito utilizado pela extrema-direita para o retorno forçado de imigrantes aos países de origem.
No palco, Ventura não usou este termo, mas defendeu que não é ser radical defender que “quem comete crimes deve ser devolvido à sua terra”.
“A esses, sejam eles quem forem nós dizemos: deportação, deportação, deportação”, afirmou.