Tenho 51 anos e há 30 que vejo Portugal estagnado. Cometeram-se muitos erros, baixaram-se muitos braços, deixámos que os socialistas se infiltrassem no Estado e que o Estado se infiltrasse nas nossas vidas. Mas o maior de todos os erros foi julgar que o voto útil era o voto no mal menor. Não é, nem nunca foi.

E menos ainda é agora que temos na Iniciativa Liberal uma verdadeira alternativa. Agora que é possível que o próximo governo aplique políticas liberais, se a Iniciativa Liberal tiver um bom resultado. Agora que temos a oportunidade de deixar uma marca positiva na história recente do nosso país.

Contrariamente ao que aconteceu nos primeiros anos deste século existe uma alternativa ao mal menor. Já não precisamos de encolher os ombros e votar no PSD ou no CDS por serem menos socialistas que os outros. Este ano podemos ambicionar mais. É possível votar num partido liberal e em ideias liberais. Essa é a utilidade do voto: escolher o liberalismo para pôr Portugal a crescer.

É por isso que um voto liberal marca a diferença. Um voto na Iniciativa Liberal dá mais força para que o próximo governo ponha Portugal a crescer, de uma vez por todas. Para que o próximo governo introduza o círculo de compensação e acabe com a chantagem dos que temem a escolha livre, que é o que define uma democracia. Para que se construam mais casas que os portugueses possam comprar e arrendar. Para que se baixem os impostos e para que possamos escolher o hospital onde somos tratados. Mas acima de tudo, para que os nossos filhos e netos saiam de Portugal por opção e não por obrigação. Nunca estivemos tão perto de o conseguir. Temos uma oportunidade única que não podemos desperdiçar. Isso já o fizemos vezes sem conta e os resultados estão à vista.

Termino com uma pergunta: como é que daqui a uns anos vamos reagir sabendo que deitámos fora a oportunidade de aplicarmos políticas liberais? O que vamos sentir quando os nossos filhos se forem embora porque em Portugal não há oportunidades? O que vamos sentir nessa altura porque agora não escolhemos a melhor opção?

Há quase trinta anos que vejo Portugal estagnado. Não quero repetir outros trinta. Não tenho tempo para isso. Não temos tempo para isso. Precisamos de uma visão mais ampla, de uma ambição maior. Precisamos de um propósito. A utilidade do voto está aí, nessa capacidade de irmos mais além. Depois de três décadas de estagnação, o voto útil é o voto no liberalismo. Não é o que troca o socialismo que nos empobreceu pela social-democracia que nos remedeia.

O voto útil é na Iniciativa Liberal. É o voto que põe um ponto final parágrafo no socialismo em Portugal; o único parágrafo da única narrativa que nos interessa. É o voto que põe Portugal a crescer.

André Abrantes Amaral

Advogado