O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, lamentou hoje a resolução aprovada quinta-feira pelo parlamento israelita que rejeita a criação de um Estado palestiniano.

“A União Europeia lamenta a resolução aprovada pelo Knesset [parlamento israelita] no dia 18 de julho, que se opõe à criação de um Estado palestiniano, mesmo que tal faça parte de um acordo negociado com Israel”, afirmou Borrell em comunicado.

O responsável acrescentou existir “um forte consenso” na comunidade internacional de que “a única solução sustentável que trará paz e segurança ao Médio Oriente é a solução de dois Estados”.

Borrell reiterou também o compromisso “inabalável” da União Europeia numa “paz duradoura e sustentável, em conformidade com as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU”, com base na solução de dois Estados.

“Os palestinianos e os israelitas têm o mesmo direito de viver em segurança, dignidade e paz”, defendeu Borrell, indicando que “em conformidade com a sua posição comum de longa data e com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a União Europeia não reconhecerá alterações às fronteiras de 1967, a menos que tal seja acordado pelas partes”.

A resolução do parlamento israelita que nega a possibilidade de um Estado palestiniano é copatrocinada pelos partidos da coligação de direita e extrema-direita, que apoia o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e por outros partidos da mesma tendência da oposição.

Aprovado com 68 votos a favor e nove contra, o texto refere que o parlamento “opõe-se firmemente à criação de um Estado palestiniano na Jordânia ocidental”.