A União Europeia (UE) aprovou esta quinta-feira, 21 de dezembro, a prorrogação até 31 de dezembro de 2026, das tarifas aduaneiras que deveriam ser aplicadas a partir de janeiro aos veículos elétricos importados ou exportados do Reino Unido.
Esta decisão deve agora ser ratificada no Conselho de Parceria, que regula o Acordo de Comércio e Cooperação entre UE e Reino Unido.
Em causa está uma taxa aduaneira de 10% sobre os veículos elétricos comercializados através do Canal da Mancha, adotada na sequência da saída do Reino Unido da UE (‘Brexit’).
As chamadas “regras de origem” incluídas no Acordo de Comércio e Cooperação (ACC) pós-Brexit alcançado entre Londres e Bruxelas após a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) preveem tarifas sobre veículos elétricos comercializados entre Londres e os Estados-membros que não tenham 45% dos seus componentes e 60% das baterias provenientes das respetivas regiões.
Isto aplicar-se-ia nas duas direções, aos veículos exportados da UE para o Reino Unido e do Reino Unido para os 27, pelo que a indústria automóvel europeia e britânica manifestaram preocupações quanto ao impacto económico.
A UE continua a ser o principal mercado dos construtores britânicos de automóveis, enquanto o Reino Unido é o segundo maior destino das exportações de automóveis europeus (atrás dos EUA).
Esta proposta incluiu uma cláusula que impede um novo adiamento em 2026 e por incentivos financeiros à produção de baterias para carros elétricos na UE, tendo a Comissão reservado três mil milhões de euros para apoiar fabricantes nos próximos três anos, através do Fundo de Inovação.