O secretário-geral da NATO anunciou esta terça-feira a assinatura de contratos no valor de mil milhões de euros para aquisição de munições de artilharia para reabastecer os países da Aliança Atlântica e facilitar a continuidade do apoio à Ucrânia.

“Assinámos hoje contratos no valor de 1,2 mil milhões de dólares [cerca de mil milhões de euros] para comprar centenas de milhares de munições de artilharia de 155 milímetros”, disse Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.

O secretário-geral acrescentou que a NATO “está investida na aquisição conjunta” de munições de grande calibre, uma vez que os stocks dos países do bloco político-militar estão depauperados pelo apoio à Ucrânia nos últimos dois anos.

Na mesma semana em que começa o Steadfast Defender 2024, o maior exercício da NATO “em décadas”, que vai simular no território europeu um conflito com a Federação Russa, Jens Stoltenberg considerou que está em curso “uma batalha pelas munições”: “É importante que os aliados aumentem a sua capacidade.”

O secretário-geral da NATO recordou também os contratos já estabelecidos, no valor de 4 mil milhões de dólares [mais de 3,6 mil milhões de euros] para aquisição de armamento, por exemplo, para carros de combate, e ainda 5,5 mil milhões de euros [mais de 5 mil milhões de euros] para comprar mísseis de interceção Patriot.

A NATO não pode comprar, por si, armamento, mas estes contratos possibilitam a aquisição conjunta por parte dos países que integram a organização.

Portugal é um dos países fundadores deste bloco político-militar, que ganhou relevância acrescida desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, como a principal retaguarda, ainda que indiretamente, do país invadido.