Donald Trump acusou hoje o Partido Democrata de ter levado a cabo “um golpe de estado” contra Joe Biden na corrida à Casa Branca, levando-o a desistir da corrida eleitoral.

Trump interveio por telefone no programa da manhã da cadeia televisiva Fox News e descreveu como “terrível” o discurso de Biden na noite de quarta-feira, a partir da Sala Oval da Casa Branca, em que deu mais detalhes sobre a decisão de retirar-se da disputa presidencial agendada para 5 de novembro.

“Acho que foi um golpe de estado. Não queriam que ele se candidatasse. Estava muito em baixo nas sondagens e pensaram que ia perder”, acusou.

Trump acusou também Barack Obama, Nancy Pelosi e outros líderes democratas de estarem por trás de uma conspiração para forçar a retirada de Biden, depois da desastrosa prestação no debate eleitoral com Trump em junho.

“Foram vê-lo e disseram-lhe que não podia ganhar as eleições, o que penso ser verdade”, disse o republicano.

Recém-recuperado de covid-19, Biden fez um discurso à nação em que explicou que decidiu passar o testemunho a uma nova geração para unir os Estados Unidos e salvar a democracia, que considera ameaçada por um eventual novo mandato de Trump.

O republicano disse à Fox News que “estava tudo errado” no discurso de Biden, desde a aparência à sua voz, e atacou Kamala Harris, considerando-a “uma esquerdista radical não muito inteligente”.

As primeiras sondagens e análises, embora ainda muito preliminares, sugerem que Kamala Harris teria um melhor desempenho eleitoral do que Biden e poderia derrotar Trump em alguns estados decisivos.

O candidato republicano desferiu uma série de ataques num comício na quarta-feira contra Harris, a quem chamou de “nova vítima da derrota” e acusou de enganar o eleitorado sobre a capacidade de Biden se candidatar a um segundo mandato. O comício em Charlotte, na Carolina do Norte, marcou o seu primeiro evento público de campanha desde que Biden desistiu das presidenciais e Harris se tornou na provável candidata dos democratas.

“Portanto, temos agora uma nova vítima para derrotar: a mentirosa Kamala Harris”, disse Trump, rotulando-a de “a vice-presidente mais incompetente e de extrema-esquerda da história americana”. Trump chamou-lhe “lunática de esquerda radical” e disse que era “louca” pelas suas posições sobre o aborto e imigração.