A taxa de participação nas eleições legislativas francesas registava hoje um forte aumento às 12h00 locais na França continental (11h00 em Lisboa), atingindo 25,90%, contra 18,43% à mesma hora em 2022, revelou o Ministério do Interior. Em 1997, aquando das últimas eleições legislativas antecipadas, era de 22,74% ao meio-dia.

O terramoto da dissolução da Assembleia Nacional, anunciado por Emmanuel Macron, a 9 de junho, e as apostas do escrutínio, que podem abrir caminho à vitória da extrema-direita ao poder, parecem mobilizar ainda mais os franceses.

Entretanto, alguns dos principais candidatos às eleições legislativas em França já votaram para a primeira volta das eleições antecipadas que se realizam no domingo.

O primeiro foi Manuel Bombard, coordenador do partido de esquerda A França Insubmissa, que votou pouco depois das 10h00 locais em Marselha, no sul.

Poucos minutos depois, Jordan Bordella, presidente da União Nacional e favorito em todas as sondagens para ser o próximo primeiro-ministro, votou eletronicamente em Garches, nos arredores de Paris.

Por volta das 11h30, votaram Gabriel Attal, atual primeiro-ministro, em Vanves, também perto de Paris, e François Hollande, antigo presidente e candidato a deputado no departamento de Corrèze.

Antes, o antigo primeiro-ministro e peso pesado macronista Édourd Philippe votou em Le Havre, cidade do norte de que é presidente da Câmara Municipal, e Éric Ciotti, líder do Partido Republicano conservador, que se aliou pessoalmente à União Nacional contra a maioria do seu partido, e que votou em Nice, sudeste da França.

Como é habitual nas eleições francesas, nenhum dos candidatos fez declarações à imprensa.

Emmanuel Macron e a mulher Brigitte vão votar na pequena cidade costeira de Le Touquet, no norte, enquanto a líder da União Nacional, Marine Le Pen, também planeia votar no seu reduto eleitoral de Henin-Beaumont, no norte, perto da fronteira belga.