Socialistas esperam remodelação até ao final do ano

António Costa resiste a fazer mexidas profundas na equipa governativa, mas os socialistas admitem que é necessário renovar e afastar os ministros mais fragilizados. A expetativa é que a remodelação possa acontecer depois do debate do Orçamento.

Depois de António Costa ter rejeitado substituir João Galamba, fechando a porta a uma remodelação a reboque das polémicas com a TAP, os socialistas admitem que são necessárias mexidas no governo e esperam que isso possa acontecer até ao final do ano.

“Não é novidade para ninguém que há pastas que estão a correr mal e que merecem alterações”, diz ao NOVO um dirigente do PS, admitindo que muitos socialistas desejam “esse refrescamento”. Apesar de este governo já ter sofrido várias mudanças, principalmente devido “aos casos e casinhos”, um deputado do PS reconhece que essas “minirremodelações” foram provocadas, na maior parte dos casos, por demissões de ministros ou secretários de Estado. “Foram mudanças pontuais e reativas. Não houve uma alteração estruturada e pensada para que o governo funcione melhor.”António Costa já demonstrou que resiste a fazer mudanças na equipa governativa, mas os estudos de opinião apontam, nos últimos tempos, para que a maioria dos portugueses sejam favoráveis a mudanças no executivo. Mais de 70% dos inquiridos, numa sondagem realizada pela Intercampus para o Correio da Manhã, Jornal de Negócios e CMTV e publicada esta semana, defendem que o primeiro-ministro deveria fazer “uma grande remodelação governamental”.

A expetativa dos socialistas ouvidos pelo NOVO é que o primeiro-ministro substitua os ministros mais fragilizados até ao final do ano. Há quem acredite que a remodelação pode surgir colada ao debate sobre o Orçamento do Estado para 2024, antes ou depois, mas há também quem aponte para um momento mais próximo das eleições europeias. “Há uma certa imprevisibilidade”, admite um deputado socialista.

Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, desde este sábado, dia 19 de agosto, nas bancas.