Pelo menos sete jornalistas foram mortos, dois ficaram feridos e outros dois estão desaparecidos na sequência do ataque lançado no sábado contra Israel pelo grupo palestiniano Hamas, anunciou esta quarta-feira uma organização de defesa dos jornalistas.

Os números contabilizam apenas os profissionais de comunicação social que foram vítimas do conflito entre sábado e segunda-feira e foram recolhidos pelo programa Médio Oriente e Norte de África do Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

“O CPJ sublinha que os jornalistas são civis que realizam um trabalho importante em tempos de crise e não podem ser alvo das partes em conflito”, afirmou o coordenador do programa do CPJ para o Médio Oriente e Norte de África, Sherif Mansou, em comunicado hoje divulgado pela organização sediada em Nova Iorque.

“Milhões de pessoas em todo o mundo contam com os jornalistas da região para lhes fornecerem informações precisas sobre o conflito. Os jornalistas, como todos os civis, devem ser respeitados e protegidos”, acrescentou.

Todos os jornalistas mortos foram identificados como palestinianos, sendo que quatro destas vítimas morreram como resultado dos bombardeamentos israelitas em Gaza no próprio dia do ataque do Hamas e três na segunda-feira em resultado de tiroteios.

Além disso, Ibrahim Qanan, correspondente da televisão jordana al-Ghad, foi ferido por estilhaços na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, e Firas Lufti, correspondente da empresa privada Sky News Arabia, foi atacado pela polícia israelita em Ashkelon, Israel.

O fotógrafo palestiniano Haitham Abdelwahid, da agência Ain Media, está desaparecido, segundo fontes citadas pelo CPJ, e o fotógrafo israelita Idan Roe, da Ynet, cuja mulher foi assassinada, foi dado como desaparecido, sendo que a sua família receia que tenha sido feito refém juntamente com a filha de 3 anos.

O número de mortos em Israel devido ao ataque surpresa de sábado do movimento islâmico Hamas e a resposta israelita ultrapassou hoje os 1.200 em Israel e 1.000 entre os palestinianos, enquanto o número de feridos total já ronda os 8.000.