A Rússia realizou hoje o primeiro teste do sistema nacional de alerta público em antecipação de uma possível autorização ocidental para a Ucrânia utilizar mísseis de longo alcance contra alvos em território russo.

“O teste em grande escala dos sistemas de alerta público regionais e municipais foi realizado em todas as regiões federais da Rússia”, afirmou o Ministério das Situações de Emergência nas redes sociais.

Durante o teste, “foram ativadas sirenes e altifalantes, e foram transmitidas mensagens em canais de rádio e televisão”, acrescentou, segundo a agência espanhola EFE

Os serviços de emergência transmitiram o alerta com a mensagem “Atenção a todos! Estamos a realizar um teste do sistema de alerta público” na aplicação móvel MChS Rossii.

O ministério apelou à população para manter a calma quando as sirenes fossem ativadas e para ligar o rádio ou a televisão, se possível.

“Este conjunto de ações permite testar eficazmente a funcionalidade dos meios de alerta e avaliar a prontidão do pessoal em serviço autorizado a ativar os sistemas para avisar a população”, disse.

O ministério divulgou um vídeo de um centro de comando no momento em que o teste começou, seguido de planos de várias cidades russas em que se podem ouvir sirenes e alertas de voz.

A Ucrânia tem pedido repetidamente ao Ocidente autorização para utilizar mísseis de longo alcance de fabrico ocidental contra alvos em território russo, um pedido ao qual ainda não obteve uma resposta positiva.

Numa ameaça ao Ocidente sobre a questão,, Vladimir Putin, aprovou uma nova doutrina que permite respostas nucleares a ataques convencionais contra os territórios da Rússia e da Bielorrússia.

A Rússia desencadeou a guerra em curso ao invadir a Ucrânia em fevereiro de 2022. Desconhece-se o número de vítimas civis e militares do conflito.

Kiev tem contado com apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais para fazer face à invasão do país. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra a Rússia para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.