Rudolph Giuliani foi expulso do exercício de advocacia, por decisão de um tribunal de Nova Iorque, devido a declarações falsas e repetidas sobre a derrota de Donald Trump, nas eleições de 2020. A decisão sobre Giuliani, ex-presidente da câmara de Nova Iorque e antigo conselheiro jurídico de Trump, aplica-se ao estado de Nova Iorque e foi proferida por um tribunal de recurso em Manhattan.

O tribunal decidiu que Giuliani seria “excluído do exercício da advocacia, com efeito imediato e até nova ordem deste tribunal, e o seu nome retirado da lista de advogados e consultores jurídicos no Estado de Nova Iorque”, segundo a Associated Press. O porta-voz de Giuliani não respondeu à AP a um email e um telefonema solicitando comentários sobre esta decisão.

Giuliani já tinha tido a sua licença legal de Nova Iorque suspensa por declarações falsas após a eleição que deu a vitória a Joe Biden.

O antigo autarca e procurador federal de 80 anos, que ganhou enorme popularidade após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque, foi o principal porta-voz das falsas alegações de fraude eleitoral de Trump, no seguimento da derrota de há quatro anos.

Numa conferência de imprensa, em Filadélfia, afirmou que a candidatura republicana iria desafiar o que alegou ser uma vasta conspiração dos democratas. Mentiras em torno dos resultados eleitorais ajudaram a incentivar uma multidão enfurecida de manifestantes pró-Trump a invadir o Capitólio, em Washington, a 6 de janeiro de 2020, num esforço para impedir a validação da vitória de Biden.