O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, anunciou, este sábado, que vai manter em funções o governo de gestão na Madeira até Presidente da República decidir se dissolve a Assembleia Legislativa, algo que só pode ocorrer depois de 24 de março.

“Considero ser preferível manter a atual situação do XIV governo regional – o qual permanecerá em funções de gestão por poucas semanas, eventualmente prolongadas em caso de agendamento de eleições –, a nomear já um novo governo regional, que, ainda mesmo antes de conhecer os assuntos pendentes, poderia dentro em pouco entrar também em funções de gestão”, disse Ireneu Barreto durante uma conferência de imprensa, explicando os motivos da sua decisão.

O representante da República para a Madeira frisou que esta decisão foi tomada com a “motivação” de proteger o “interesse dos madeirenses”. Ireneu Barreto sublinhou que a derradeira decisão cabe a Marcelo Rebelo de Sousa. “Caso o Presidente da República entenda não dissolver proximamente a Assembleia Legislativa procederei então à nomeação do presidente do e dos demais membros do governo regional”.

Ireneu Barreto descartou a ideia de que se trata de uma solução de curto prazo e realçou que não existe nenhum impasse. Acrescentou ainda que não quer usar o direito de veto “em relação a ninguém”.

No final do mês de janeiro, o líder do governo da Madeira, Miguel Albuquerque, demitiu-se depois de ter sido constituído arguido no âmbito de um processo em que são investigadas suspeitas de corrupção na região, o que levou à queda do seu executivo, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN.