O plano de reorganização para as urgências de obstetrícia/ginecologia e pediatria vai avançar como projeto-piloto nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Oeste e Península de Setúbal, onde se registam as maiores dificuldades, anunciou hoje a ministra da Saúde
Segundo Ana Paula Martins, o plano será depois “trabalhado, avaliado e alargado ao resto do país”.
“Consideramos que é um grande avanço neste domínio, que já tardava e que precisamos de concretizar a bem da saúde, das grávidas, das crianças e dos adolescentes”, disse a ministra antes da apresentação do plano no Ministério da Saúde, em Lisboa.
A ministra disse que nunca escondeu que a resposta dada às grávidas e às crianças “não tem sido a melhor”.
“Queremos evitar o encerramento de serviços ou a sua rotatividade, que tanta ansiedade trazem às nossas utentes e às nossas crianças”, salientou a governante.
Sobre o trabalho realizado pela Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, presidida por Alberto Caldas Afonso, a governante disse que é um trabalho exclusivamente técnico, realizado por peritos nestas áreas, a que “o Governo dá a maior importância”
O Plano de Reorganização para as Urgências de Obstetrícia e Ginecologia e de Pediatria está a ser apresentado por Caldas Afonso, cerca de três meses depois de a Comissão Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente ter sido criada por despacho da ministra da Saúde.
As urgências de obstetrícia/ginecologia e de pediatria voltaram, durante este verão, a registar dificuldades de funcionamento, devido à falta de especialistas para preencher as escalas, o que levou ao encerramento parcial ou a constrangimentos desses serviços.