O Tribunal da Relação do Porto decidiu manter Fernando Madureira em prisão preventiva, ao mesmo tempo que libertou Hugo Carneiro, avança o Jornal de Notícias. Os dois encontravam-se em preventiva desde 7 de fevereiro, depois de terem sido detidos, a 31 de janeiro, no âmbito da Operação Pretoriano.

Recorde-se que o antigo líder dos Super Dragões pediu para passar para prisão domiciliária em março deste ano, pretensão que foi negada pela juíza de instrução criminal Filipa Azevedo, que considerou que se “mantêm inalterados os fundamentos de facto e de direito que justificaram a imposição das medidas de coação aplicadas”.

Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e ex-vice-presidente dos Super Dragões, ficou em liberdade, com visitas periódicas ao posto da GNR da sua área de residência.

A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos durante a Assembleia Geral Extraordinário do FC Porto de 13 de dezembro do ano passado, em que, argumenta o Ministério Público, os Super Dragões quiseram “criar um clima de intimidação e medo”, para que a proposta de novos estatutuos, “do interesse da (…) direção” do clube, fosse aprovada.

A Relação do Porto colocou Fernando Madureira e Hugo Carneiro em prisão preventiva, a 7 de fevereiro deste ano, enquanto Vítor Catão, adepto do FC Porto e antigo presidente do São Pedro da Cova, ficou em domiliciária com pulseira eletrónica. As medidas de coação aplicadas pelo juiz Pedro Miguel Vieira foram ao encontro das pretensões do Ministério Público.

A PSP deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira –, a 31 de janeiro deste ano, no âmbito da Operação Pretoriano

Em causa estão, de acordo com a Procuradoria-Geral Distrital do Porto, “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”.