O primeiro-ministro britânico e o presidente francês sublinharam este domingo a necessidade de ser garantido “apoio humanitário urgente a Gaza”, na sequência do prolongamento das operações militares de Israel em resposta ao ataque do Hamas.

Os dois países, liderados por Rishi Sunak e Emmanuel Macron, respetivamente, concordaram em “trabalhar em conjunto para levar alimentos, combustível, água e medicamentos aos que mais precisam e para retirar os estrangeiros” de Gaza, disse um porta-voz do governo britânico, citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

A ajuda humanitária está a chegar à Faixa de Gaza mesmo com a intensificação das operações do exército israelita, com as Nações Unidas a alertarem para o “colapso da lei e da ordem”, na sequência da pilhagem dos seus centros de ajuda.

Rishi Sunak e Emmanuel Macron falaram também da sua preocupação com o “risco de escalada na região, particularmente na Cisjordânia”, e concordaram com a necessidade de “não perder de vista o futuro a longo prazo da região, em particular a necessidade de uma solução de dois Estados”, de acordo com o gabinete do primeiro-ministro britânico.

Os dois presidentes sublinharam ainda que a “barbárie do Hamas” não deve “minar as legítimas aspirações do povo palestiniano”, segundo Downing Street.

24 camiões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza

Um total de 24 camiões com ajuda humanitária entraram este domingo na Faixa de Gaza através da passagem egípcia de Rafah, o maior comboio humanitário a entrar no enclave desde que Israel permitiu o acesso controlado, segundo a agência EFE.

Transportando alimentos, água e material médico, os camiões chegaram a Gaza depois de esta manhã terem chegado outros 10 camiões, tratando-se da primeira vez que dois contingentes entram no enclave num único dia desde que Israel autorizou a entrada de ajuda humanitária, no passado dia 21.

Assim, são já 34 os camiões a entrar em Gaza hoje, depois de passarem a inspeção efetuada pelas autoridades israelitas no controlo fronteiriço. Os camiões fazem parte de um total de 40, encontrando-se mais seis a aguardar entrada, sem que se saiba quando o farão.

Este oitavo lote de ajuda não inclui combustível, um item vetado por Israel e considerado pelas autoridades locais fundamental para o funcionamento contínuo de hospitais, padarias e estações de purificação de água.