Um total de 97.386 eleitores inscreveram-se até às 12h00 desta segunda-feira, 27 de maio, para exerceram antecipadamente o seu direito de voto no dia 2 de junho, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o MAI, o voto antecipado em mobilidade, no domingo 2 de junho, é permitido a todos os eleitores recenseados no território nacional, numa mesa de voto à sua escolha, e a inscrição pode ser feita até quinta-feira, dia 30.

Portugal registou, nas europeias de 2019, a pior taxa de abstenção (68,6%) desde que pertence à União Europeia, em contraciclo com a participação na Europa — cerca de 50%.

Para tentar inverter essa tendência — além do voto antecipado de doentes, presos e no estrangeiro, ou do voto em mobilidade, no domingo anterior (2 de junho) –, este ano há uma nova modalidade, só possível por existirem “cadernos eleitorais desmaterializados”.

Qualquer eleitor recenseado em Portugal pode votar “sem ser no local onde está recenseado”, explicou no passado dia 25 à Lusa o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Fernando Anastácio.

“Pode optar sem qualquer condicionalismo de pré-inscrição. Por exemplo, vive em Lisboa, está recenseado em Lisboa, mas no dia 9 está no Porto: pode optar por ir a uma mesa de voto qualquer no Porto, apresentar-se na mesa de voto, identificar-se com o seu cartão de cidadão ou com um documento que seja considerado válido para efeitos de identificação e exercer o seu direito de voto”, disse.

As eleições foram marcadas a nível europeu para o período de 6 a 9 de junho.

E esse é, segundo o porta-voz da CNE, “um período particularmente difícil para Portugal”, por coincidir com “uma semana que, habitualmente, é um período de miniférias”.

Cerca de 373 milhões de eleitores europeus são chamados a votar para o Parlamento Europeu entre 6 e 9 de junho. Em Portugal, a votação é no dia 9.

Serão escolhidos 720 eurodeputados, 21 dos quais portugueses.

Concorrem às eleições um total de 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.