O Serviço Nacional de Saúde agendou até 30 abril quase 5.000 cirurgias oncológicas que estavam em lista de espera, mais de 1.300 das quais já tinham ultrapassado os tempos máximos recomendados, anunciou a ministra da Saúde.
Ana Paula Martins, que falava na comissão parlamentar de Saúde, esta quarta-feira, 12 de junho, onde está a ser ouvida sobre o Plano de Emergência e Transformação da Saúde, disse que os doentes oncológicos “têm efetivamente prioridade” e revelou que, desde abril, foram realizadas 7.897 cirurgias da lista de espera de oncologia (dentro e fora dos tempos recomendados).
Já quanto aos doentes oncológicos que aguardavam cirurgia já fora do Tempo Máximo de Resposta Garantido (TMRG), a ministra disse que desde 18 de maio foram realizadas 2.306 cirurgias.
“A prioridade no futuro não é resolver estas listas e passar a ter outras”, afirmou Ana Paula Martins, explicando que os incentivos para estas cirurgias servem exatamente para deixar de ter doentes oncológicos em listas de espera para cirurgias.
Segundo disse, até 30 de abril foram agendadas 4.959 cirurgias oncológicas, das quais 1.364 já estavam acima do TMRG.
A governante confirmou o envio de uma mensagem de correio eletrónico às unidades de saúde para que agendassem até 14 de junho, “até ao limite da capacidade”, todos os doentes da sua lista de espera que estivessem acima dos TMRG para que sejam operados até 31 de agosto.
“A unidade de gestão acesso contactou todas as unidades para reforçar a necessidade de fazer todos os agendamentos. Os doentes não agendados serão considerados transferíveis e o processo transferência inicia-se a 17 junho. Se o hospital não consegue responder, terá de ser um hospital na área de residência preferencialmente”, explicou.