Qatargate: Eva Kaili vai deixar prisão domiciliária
A antiga vice-presidente do Parlamento Europeu mantém-se sob supervisão judicial enquanto prosseguem as investigações.
A antiga vice-presidente do Parlamento Europeu Eva Kaili, que está a ser investigada no escândalo de corrupção, vai deixar de estar sob vigilância por pulseira electrónica e pode sair em liberdade, mas com supervisão, foi hoje anunciado.
A notícia é avançada pela agência France-Presse, que cita Eric Van Duyse, um porta-voz da instância judicial responsável pelo ‘Qatargate’.
A antiga eurodeputada grega Eva Kaili foi libertada da prisão em meados de Abril, sob a condição de permanecer em prisão domiciliária com uma pulseira electrónica que permitisse vigiar a sua localização.
Com esta decisão, a antiga vice-presidente do Parlamento Europeu está livre, mas sob supervisão judicial enquanto prosseguem as investigações.
No início de Maio, o eurodeputado belga Marc Tarabella e o assistente parlamentar italiano Francesco Giorgi, que também estão a ser investigados no mesmo processo, ficaram em liberdade, mas sob supervisão.
O caso surgiu em Dezembro de 2022, quando investigadores belgas apreenderam – durante buscas em Bruxelas, nas casas de Kaili e de eurodeputado italiano Pier Antonio Panzeri – cerca de 1,5 milhões de euros em malas e sacos.
O juiz Claise suspeita da existência de pagamentos em dinheiro em troca de decisões políticas ou posições favoráveis aos interesses do Qatar e de Marrocos no Parlamento Europeu, o que Doha e Rabat negam.
Panzeri admitiu que os investigados orquestraram a fraude, e o seu ex-assessor parlamentar Francesco Giorgi é suspeito de ter desempenhado um papel importante neste processo.
O antigo eurodeputado Panzeri – figura do mundo sindical italiano e líder de ONGs desde 2019, em Bruxelas – implicou posteriormente Marc Tarabella, que nega ter cometido qualquer ilegalidade ou irregularidade, tal como Kaili.
Um sétimo suspeito, o eurodeputado italiano Andrea Cozzolino, é alvo de um mandado de detenção europeu emitido pelo juiz Claise, mas já contestou a obrigação de comparecer perante os tribunais belgas.